quarta-feira, 15 de junho de 2011

A falta de memória...

Na noite da eleição para a Assembleia da República que determinou quem  será o próximo primeiro-ministro de Portugal, após o primeiro-ministro cessante ter, com grande dignidade, reconhecido a sua derrota e cumprimentado o seu adversário pela vitória obtida, uma criatura que, ao que parece, será uma jornalista credenciada com carta profissional, fez ouvir a sua voz para perguntar como é que ele encarava a possibilidade de vir a ser confrontado com novos processos judiciais. 
Francamente!... Depois de seis anos de uma campanha persecutória de insinuações em que nada conseguiram provar, ainda uma última estocada à má fila para encerrar o processo mais miserável a que se assistiu nos últimos tempos em Portugal. 
Será isto jornalismo ou apenas uma caluniosa perseguição?
No último 10 de Junho, o primeiro-ministro ainda em exercício, no desempenho das suas funções, participou numa cerimónia em Castelo Branco. Foi recebido com insultos e apupos. Porquê? Para quê? Em nome de quê? Com que direito? Não tinha sido já julgado pelos pelos resultados eleitorais?
Nessa mesma cerimónia o presidente da Comissão das Comemorações do Dia de Portugal, permitiu-se fazer um discurso crítico em que, fingindo atacar toda a classe política, visava sobretudo atacar a acção dos que tinham ocupado funções governativas nos últimos tempos. No entanto, o homem que falava era o mesmo político que, alguns anos antes, fora o Ministro da Agricultura. Que lógica há neste comportamento? Com que autoridade pode falar assim quem teve a possibilidade de remediar as coisas e mais não fez do que contribuir para a situação em que o país hoje se encontra? 
Lembram-se dos subsídios chorudos concedidos aos proprietários agrícolas que foram convertidos em jipes, piscinas e outros mimos? E lembram-se de quem  era o primeiro-ministro da altura? Era o mesmo que, no se discurso,  naquele mesmo palco, agora como Presidente da República de Portugal, lamentava a situação a que o país chegara.
Francamente! Se os próprios políticos se comportam com tão pouca elevação, como nos podemos admirar das parvoíces de uma qualquer criatura armada em jornalista, ou dos berros dos energúmenos que insultaram a coberto do anonimato?

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