segunda-feira, 10 de junho de 2013

DIA DE PORTUGAL, DE CAMÕES E DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS



As comemorações este ano são aqui ao lado: na cidade de Elvas. Vi pela TV. Nunca tenho paciência para participar nestas manifestações.
Falou-se na importância de Elvas para a restauração da autonomia de Portugal declarada em 1640. Mas a data da restauração (1 de Dezembro), já não é feriado, portanto, não é comemorada. Tal como o 5 de Outubro. Aqui estão duas irrefutáveis provas do demagogismo destes alucinados que se constituíram como senhores do poder político.
A comemoração derradeira do 5 de Outubro ficou assinalada por um gesto simbólico: a bandeira de Portugal foi hasteada de cabeça para baixo. Tal como a República que se comemorava. Erro acidental ou descuido intencional, foi uma maneira muito significativa de assinalar a data.
Pena que aqui, em Elvas, não tenham tentado repetir o simbolismo. Para aqui bastava que tivessem hasteado uma bandeira muito pequena e muito esfarrapada. Assim ficava simbolicamente referida a real situação em que Portugal e as suas comunidades se encontram. Camões também não se teria importado porque o pauperismo seria uma boa representação da importância que os poderes do seu tempo deram à obra que deixava.
 As cerimónias decorreram com a solenidade que se esperava. Mas, verdade seja, que os discursos me surpreenderam pela qualidade da sua construção e pela intencionalidade do seu conteúdo. Querer-me parecer que o desvario destes jovens pedantes que nos desgovernam já foi tão longe que, mesmo os que inicialmente os apoiaram, estão assustados com as consequências dos actos que eles praticaram. Nas palavras proferidas, esteve presente de forma muito acentuada um sério aviso de qua há uma situação de Pátria em perigo. 
Mais vale acordar a tempo do que dormir enquanto a casa arde completamente. Chegou-se mesmo a falar de urgência em lutar pela defesa da autonomia nacional.

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