Como é possível defender um
Governo que quer despedir 30 mil pessoas e que o quer fazer porque acha isso
bem? Não percebo. Percebo que haja pessoas de uma nova geração que queiram
mudar a herança dos últimos 30 anos. Bem, percebo mais ou menos, pois esperaria
que essas pessoas fossem mais europeias, mais moderadas, que soubessem que as
"revoluções" são sinais de menor maturidade social e política. Mas
não percebo mesmo que haja quem queira exercer o poder à custa de um mal-estar
generalizado das pessoas. Posso também estar a ver muito mal a coisa, mas é
isso que vejo. Os professores não são mais do que uma frente de defesa de quem
vai sofrer na pele tanto disparate. E ainda mais chocado fico quando sei - e aí
a certeza é maior - que o plano dos despedimentos porá ainda mais de rastos a
economia portuguesa. E, se não houvesse tanto deslumbramento, todos podiam ver
que o actual Governo é porventura o mais caro da história do país, ao
privatizar uma parte considerável das suas funções, nomeadamente em tudo o que
tem a ver com questões financeiras, incluindo as privatizações, onde se gastam
milhões. Sim, os mesmos milhões que estão a querer ir buscar aos despedimentos.
No fundo, a pergunta até é: Como é possível defender um Governo que quer
despedir 30 mil pessoas e passar directamente o dinheiro delas para gente que
já tem muito dinheiro? A social-democracia foi inventada para combater façanhas
dessas. Pena que não tenha havido tempo para o enraizamento dos seus princípios
na cabeça das pessoas que capturaram o partido português com esse nome.
segunda-feira, 15 de julho de 2013
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