sexta-feira, 27 de maio de 2011

Dura lex sed lex

Esta frase latina, em título, tentava significar que a lei era lei, mesmo que tivesse que ser dura para aqueles que prevaricavam. 
Aí está uma coisa que dificilmente se poderá aplicar à lei, tal como ela costuma ser cumprida e imposta pelas nossas autoridades. Vejamos o seguinte caso:
Campo Maior, um dia da semana, em hora de plena actividade. Na Rua da Carreira, onde sinais bem evidentes determinam que só se pode estacionar no lado esquerdo, estavam estacionados, no lado direito, em carreirinha, entre a farmácia e as antigas instalações da Caixa Geral de Depósitos, cinco viaturas ligeiras de passageiros e um furgão de carga. Eis que passa uma viatura da GNR com dois agentes, pára entre os carros, a meio da rua, um dos agentes sai, abre a porta da bagageira, dirige-se com uma caixa a um comércio, onde demora alguns minutos. Formou-se uma fila de viaturas atrás, em espera. O agente saíu calmamente, fazendo um sinal de desculpa amável para os condutores dos carros impedidos de avançar. Calmamente ainda, entrou no carro e seguiu viagem.
Como se vê, pela atitude amável, complacente e atenciosa dos senhores agentes, a lei entre nós não é dura. É mesmo tão pouco exigente que se põe mesmo a dúvida de se existe, de facto, lei.

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