quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Que raio de vida esta!

Às vezes, há actos que nos afectam tão profundamente que nos levam a proceder de modo a nos sentirmos depois pouco satisfeitos com aquilo que fizemos.
Sei bem que, como todos nós, tenho que sujeitar-me a coisas que vão contra a minha maneira de ser e de entender as coisas. Fico então tão zangado comigo mesmo que nem consigo consolar-me dizendo que não podia ter feito de modo diferente...
Enfim... o que passou, passou e há que seguir em frente porque o que não tem remédio remediado está. Por mais que me custe, tive que aturar aquela maldita festança, aquela demonstração de irresponsabilidade, de insensibilidade e de descaramento. Toda aquela gente se empanzinava com uma indiferença chocante perante esta situação em que vivemos, tão aflitiva e tão ameaçadora para tanta, tanta gente. 
Por causa da falta de coragem para recusar a participação naquela situação tão lamentável, passei o que restava do longo fim de semana a remoer a revolta e a repugnância que tudo aquilo me provocou. Estava tão zangado comigo mesmo que não conseguia pensar direito.
Por isso, resolvi ficar quieto até que tudo isto me passasse.
Há gente que consegue divertir-se quando sabem que os outros sofrem?
Há gente capaz de tanta indiferença?
Hoje, regressando ao trabalho normal, pareceu-me ver nas atitudes de outros, sinais de que estavam a sentir algo parecido com o que eu sinto. Por isso, pensei que seria melhor deitar cá para fora, neste escrito, toda esta revolta.

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