segunda-feira, 31 de maio de 2010

“Abunda malícia, onde falta a polícia”.


 Embora continuem a existir, no poder autárquico, acções governativas que se podem considerar excelentes, temos infelizmente de concordar que esses casos são excepcionais, predominando uma maioria em que se associa a incompetência à mais descarada corrupção.
Diz um ditado que “aonde falta o poder, ninguém pode responder”. Ora, eu dou a esta frase uma interpretação que a torna explicativa do que considera ser a principal razão para termos chegado a este estado de coisas. Considero que é a falta de vigilância e de repressão das ilegalidades e das acções corruptas que tem conduzido à actual situação. Como se pode ter chegado a consentir que, indivíduos que ocupam os mais altos cargos no poder local, estejam, simultaneamente, nos altos comandos de empresas que mantêm negócios com as câmaras que lhes cabe administrar, podendo assim pôr e dispor, segundo o seu próprio interesse? Nesta situação de evidente conflito de interesses, quem acautela o interesse do Estado? Sem inspecções rigorosas e regulares e sem repressão dos abusos, não há garantias de isenção.
Diz outro ditado “vinha não guardada é uva roubada, antes de vindimada”, pois que, dito de modo, “o medo é que guarda a vinha”.

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