quarta-feira, 10 de setembro de 2014

JÁ AGORA ...



Não sendo grande a vontade e sendo escassos os assuntos a merecerem referência, torna-se difícil pôr os neurónios e os dedos a produzir prosas que tenham algum interesse.
Tenho neste momento à minha frente o último exemplar da “Revista Campo Maior”.
A chamada de atenção na capa, despertou-me a curiosidade para a entrevista do Senhor Presidente da Assembleia Municipal, estatutariamente a figura mais eminente da gestão da autarquia.
Estranhei que, nas suas respostas tivesse dado relevo à função de aconselhamento do executivo. No meu entender a Assembleia deve avaliar, fiscalizar e aprovar os projectos e realizações do executivo. Enfim, podemos de uma maneira muita lata entender isso como aconselhamento mas parece-me ser essa a função dos conselhos municipais, criados especificamente para o efeito.
Quanto à participação do público nas sessões da Assembleia, consta-me que se tem vindo a reduzir desde que a actual mesa tomou posse e, segundo algumas opiniões, tal não se deverá apenas à falta de divulgação das sessões mas ao desinteresse causado pela maneira como elas têm decorrido.

Mudando de assunto, acho interessante a ideia de uma revista deste tipo pelo carácter informativo sobre a gestão municipal. Por isso, deve haver uma atenção constante e criteriosa aos assuntos que nela se incluem a começar na sua actualidade e aos objectivos a alcançar em termos informativos.   

Em termos de “requalificação dos largos históricos", assunto que justamente foi posto em destaque e com adequado tratamento, lembro a necessidade de requalificar o largo que, sendo por excelência a “sala de visitas para receber os visitantes” e o “centro de convívio dos residentes”, deverá receber cuidados constantes de requalificação. Fala do jardim da Avenida que deve ser, primeiro que tudo, um autêntico jardim. Para isso deve ter sombras (estamos no interior de Portugal e do Alentejo) e para ter sombras, deve ter árvores (de preferência frondosas). Aquela faixa central do passeio principal parece-me uma total aberração. Com a escassez que temos de água, repuxos? Com a exiguidade de recursos económicos, uma estrutura que exige frequentes trabalhos de conservação e manutenção?
Não seria apropriado ter ali mais árvores que sombreassem?

Já agora, Senhor Presidente da Câmara Municipal, uma sugestão:
- Não seria de contratar alguém especializado para aconselhar um adequado tratamento do jardim?
É que, como bem sabe, dinheiro usado a cuidar do bem público não constitui gasto mas sim investimento.

domingo, 7 de setembro de 2014

CÁ ESTAMOS DE NOVO ...



Pois é! Estou de volta. Regressei há já alguns dias e aqui estou numa rotina que sei que me vai ocupar mais um ano e a tentar conformar-me com a irremediável certeza de que é isso que vai acontecer.
Não encontrei nada de novo. A vida corre como dantes. Aqui a mudança é tão pouca e tão lenta que até parece que nada está ou há para mudar.
Paciência!… Se assim tem de ser, assim teremos de aceitar que seja.
Para me entreter tenho prestado atenção à disputa política em curso no PS.
A mim o que me parece mais incrível é que esta disputa tenha sido necessária. Porque as diferenças entre os dois candidatos são tão evidentes que teria sido natural que se tivesse desde logo resolvido, sem tanto desgaste e sem o lamentável espectáculo que nos estão a fazer assistir.
Francamente! Se se trata de escolher o candidato a primeiro-ministro e sendo tão evidente a incompetência de um deles, amplamente demonstrada nas desgraçadas intervenções que tem vindo a produzir, a quem convém que todo este circo tenham sido montado?
Talvez aos partidos de direita e de extrema-esquerda, unidos sempre que se trata de combater o PS.
Mas, para o PS isto é uma desgraça. Mas, enfim… se esta era a única maneira de encontrar uma solução, pois que ela sirva para nos livrar da mediocridade desta gente que nos tem desgovernado.  

segunda-feira, 7 de julho de 2014

PRECISO DE UMA PAUSA


SE LEREM COM ATENÇÃO O  ÚLTIMO TEXTO "O CACIQUISMO", CHEGAM À MESMA CONCLUSÃO QUE EU, QUE AGORA MESMO ACABEI DE O RELER:

SÓ O CANSAÇO PODERÁ  JUSTIFICAR QUE ESTEJA TÃO MAL ESCRITO.

ASSIM SENDO, HÁ QUE CONCLUIR QUE PRECISO DE DESERTAR DAQUI E IR RECARREGAR BATERIAS NOUTRAS BANDAS. É QUE VIVER AQUI, CANSA E DESGASTA...

POR ISSO , ATÉ AO MEU REGRESSO!


segunda-feira, 30 de junho de 2014

CACIQUISMO



Em termos muito gerais as palavras “Cacique” e “Caciquismo” designam uma forma de organização ou uma atitude de quem manda, que assenta na influência dos caciques, sistema de governo baseado nas relações de dependência que se criam ao redor do poder dos caciques.

Na origem, tratava-se do nome dado ao chefe nas tribos primitivas, da América do Sul, na época dos Descobrimentos. O termo foi divulgado pelos espanhóis e pelos portugueses.

Na sua origem, tratava-se de um poder de chefia que assentava no poder de um chefe que geralmente constituiria o seu direito de autoridade e de decisão, ou porque o impusera pela força ou porque lhe fora atribuído devido à sua capacidade de liderança ou à sua sabedoria.

Estranhamente o termo vulgarizou-se a partir da implantação do liberalismo para designar os que, em plenos regimes democráticos, constituíam regimes polarizados no poder de um único homem que dominava através duma rede bem estruturada dos seus agentes que, o apoiavam, garantiam a sua eleição e serviam de suporte às suas decisões autoritárias.

No fundo o caciquismo conquista o poder através dos processos eleitorais que manipula, para depois impor as decisões que melhor servem o seu interesse ou a sua vontade. Por isso, o cacique tende a controlar os próprios órgãos as quais devia caber, legitima e livremente, tomar as decisões, dando sempre a ideia de que tudo se processa com normalidade

Na verdade não existe um modelo estereotipado de caciquismo. A convicção de que a arma do cacique é a sua prepotência, é pouco menos que grosseira e, na maior parte dos casos, está muito fora da realidade.

Os caciques estão tanto mais implantados quanto mais astutos são nos processos de conquistar e conservar o poder. Os mais astutos nem ocupam os cargos. Deixam essa tarefa para os seus “capatazes”, enquanto ficam de fora a controlar e a manipular a situação.

Há caciques que baseiam a sua estratégia no empenhamento que colocam nas questões sociais que utilizam para aumentar as suas redes de dependentes.

Claro que há também os prepotentes, os sectários e os manipuladores capazes de tudo prometerem sem qualquer intenção de cumprir. Rodeados de cúmplices e apaniguados que tudo vigiam, conseguem por vezes manter o poder por períodos mais ou menos prolongados o que depende muito do grau de desenvolvimento das populações.

Mas, então? Não há líderes verdadeiramente democráticos em quem possamos confiar? Claro que que há! Mas é preciso estar muito atento, de inteligência viva e aberta porque há mas, infelizmente, não são muitos. Além disso, estes líderes democráticos têm como hábito esclarecer e os outros preocupam-se apenas numa estratégia mais fácil que consiste em convencer. 

segunda-feira, 23 de junho de 2014

HOJE DEU-ME PARA PENSAR …



Não consigo decidir-me em concluir se esta é a terra que me calhou ou a terra em que encalhei. 
Sim, porque uma e outra das hipóteses, apresentam em si uma substancial diferença: 
- Se a razão mais certa for a primeira, então eu sou vítima de uma infeliz circunstância e nisso não me cabe qualquer culpa; 
- Mas, se a razão maior for a segunda, então a questão é muito diferente e não tenho motivo para me queixar de nada, nem de ninguém.

Fui eu que escolhi aqui continuar e, pior que isso, fui eu que me fui deixando ficar, por acomodação, por estupidez, ou por falta de capacidade de decisão.

No caso da razão ser a primeira hipótese, eu teria sido vítima de um tremendo azar. Mas, … que diabo! Então porque fui ficando, sim, porquê? Porque é que ainda aqui estou? À espera do quê, numa terra em que não há nada para esperar?



Vocês estão a ver? De repente, hoje acordei voluntarioso e decidido, a pensar pôr-me daqui para fora. 
Será de alguma coisa que comi e que me caiu mal? 
Não sei, mas vou deixar que as coisas assentem e, depois, logo se verá.