As eleições para os órgãos da autarquia estão "à porta". Para além de determinarem quem vão ser os eleitos, a nível local, nesta conjuntura, as eleições vão também medir o nível de consciência política, o estado ético da população da nossa terra e a consciência cívica da nossa gente.
Bem sei que não temos o exclusivo do populismo acéfalo e descarado, que não somos os únicos a ter sido usados como terreno para negociatas mais do que vergonhosas e a termos assistido ao descarado atropelamento da Lei e da Ordem, em favorecimento dos interesses privados instalados nos cargos importantes da decisão política.
Infelizmente a corrupção, a mentira, o abuso do poder e a ganância desenfreada, campeam por todos os lados e a todos os níveis.
Andam para aí candidatos a autarcas a prometer empregos para quem os apoiar com o seu voto. Como é possível que haja quem vá em tais balelas quando todos nós sabemos que o governo proíbe novas contratações e vai despedir gente da função pública com particular incidência nas câmaras municipais? Como é possível depositar confiança em candidatos que todos sabem como são ligeiros nas promessas, useiros e vezeiros nas mentiras, incompetentes na tomada de decisões?
Como fazer entender que na política são muitos os que nela andam só em busca de poderem praticar a única razão que o move: poderem beneficiar-se a custa da política?
Dirão que todos são iguais. Penso que não é verdade. A verdade é que há tantos a deixar-se iludir que só os que mentem descaradamente conseguem ir vingando na política. E a culpa disso é dos que neles votam.
É preciso acordarmos deste desleixo e passar a analisar com inteligência quem melhor pode estar ao serviço dos nossos interesses.
O desleixo dos mais acomodados e a desistência dos mais honestos, têm deixado campo aberto aos maus políticos e isso tem afectado de forma muito negativa a vida de todos nós.
O nosso país e as nossas terras estão numa situação muito crítica, à beira da calamidade.
É tempo de dizer basta!
É tempo de pensar bem para bem decidir e para bem escolher!
É tempo de usar o voto com responsabilidade e com plena consciência de que o bem de todos é também o bem de cada um de nós.