terça-feira, 31 de dezembro de 2013
ANO NOVO, VIDA NOVA?
Bom seria que ESPERANÇA houvesse
para poderemos acreditar
numa mudança tão necessária.
Mas, temos FÉ para acreditar
no milagre de que uma réstia
de sentido da CARIDADE,
ilumine a consciência de
um certo tipo de gente ? ...
Enfim...
Cumpra-se a tradição, desejando um
ANO NOVO
o melhor que for possível.
domingo, 29 de dezembro de 2013
A OPINIÃO DE ...
O Governo, o PSD e o CDS, e todos
os apoiantes do “ajustamento” na versão troika-Gaspar-Passos, obtiveram
uma importante vitória política ao levarem o PS a assinar um acordo a pretexto
do IRC. Foi um dia grande. “Rejubilai”, dizem os anjos do “ajustamento”. Dizem
bem. (…)
O acordo foi um acordo político
de fundo que amarra o PS a sistemáticas pressões governamentais e outras, para
que passe a ser parte do “consenso” que legitime a actual política. O que está
em causa é algo que seria, se as classificações ideológicas tivessem alguma
correspondência com a realidade, inaceitável por um partido socialista, como o
é para um social-democrata, moderado que seja. O sentido de fundo do
“ajustamento” está muito para além do resolver os problemas mais imediatos do
défice ou da dívida, mas traduz-se numa significativa alteração das relações
sociais a favor dos senhores da economia financeira, em detrimento daquilo que
a maioria da população, classe média e trabalhadores, remediados e pobres,
tinham conseguido nos últimos 40 anos. (…)
No passado podia haver
pobres, estes tinham, porém, a possibilidade de ter uma dinâmica social e
política para saírem da pobreza, uma capacidade de inverterem as relações
sociais que lhes eram desfavoráveis. Eram pobres, mas não estavam condenados à
pobreza. Era isso a que se chamava “a melhoria social”, num contexto de
mobilidade e num contrato social que permitia haver adquiridos. Agora tudo isso
aparece como um esbanjamento inaceitável, e o que hoje se pretende é que os
pobres, cada vez mais engrossados pela antiga classe média, sejam condenados à
sua condição de pobreza em nome de uma crítica moral ao facto de “viverem acima
das suas posses”, perdendo ou tornando inútil os instrumentos que tinham para a
sua ascensão social, a começar pela educação, pela casa própria, e a acabar nas
manifestações e protestos cívicos, as greves e outras formas de resistência
social. É um conflito de poder social que atravessa toda a sociedade e que se
trava também nas ideias e nas palavras, em que a comunicação social é um palco
determinante, com a manipulação das notícias, a substituição da informação pelo
marketing e pela propaganda. E o PS escolheu estar ao lado dos “ajustadores”. (…)
Pode-se argumentar que a
“cedência” do PS permitiu algum alívio às pequenas e médias empresas, e que por
isso há um ganho de causa. Talvez, e isso seria bom, se fosse apenas isso. Mas
o que o PS cedeu é muito mais do que isso: é um contributo decisivo para manter
a actual política em tudo o que é fundamental, a começar pela prioridade do
alívio às empresas e aos negócios em detrimento das pessoas e do consumo. O PS
enfileirou no núcleo duro do discurso governamental, mais sensível às empresas
do que às pessoas, aceitando que, a haver abaixamento dos impostos, ele deve
começar pelas empresas e não pelos indivíduos e as famílias, pelo IRC e não
pelo IRS e pelo IVA. (…)
JOSÉ PACHECO PEREIRA. 28.12.13.
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
O "JUMENTO DO DIA"
Cavaco Silva parece ter uma relação estranha, tão estranha que se não
fosse o juramento que fez perante o parlamento e perante o país
dir-se-ia que em vez de um problema político é um problema de saúde do
foro da alergologia, até parece que basta falar-se em constituição que o
homem fica logo com urticária.
A decisão de cavaco Silva de fechar os olhos às inconstitucionalidades evidentes no OE não significa qualquer calculismo ou estratégia em relação aos mercados, significa que Cavaco não tem grandes dúvidas quanto à constitucionalidade das medidas e por isso não vê qualquer inconveniente em que entre em vigor.
É evidente que Cavaco irá limpar a honra do convento mandando o OE para fiscalização sucessiva, isso porque os partidos da oposição não o deixarão de fazer e assim sendo a Presidência ficaria numa situação difícil se o TC declarasse inconstitucionais normas aprovadas por quem assumiu um cargo que o obrigou a jurar defender a Constituição.
«Juro por minha honra desempenhar fielmente as funções em que fico investido e defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa.» artigo 127.º da Constituição
«O Presidente da República não requereu a fiscalização preventiva do documento junto do Tribunal Constitucional. Orçamento do Estado para 2014 entra em vigor a 1 de Janeiro.
O Presidente da República não requereu a avaliação preventiva do Orçamento do Estado para 2014 (OE/14) junto do Tribunal Constitucional (TC). O prazo para o fazer esgotou-se ontem, sem que Cavaco Silva tenha pedido aos juízes do Palácio Ratton que se pronunciassem sobre a constitucionalidade das normas do documento. Assim, o Presidente deverá promulgar o OE/14 nos próximos dias, para que entre em vigor a 1 de Janeiro.»
PUBLICADO, em 27/12/2013 em http://jumento.blogspot.pt/
A decisão de cavaco Silva de fechar os olhos às inconstitucionalidades evidentes no OE não significa qualquer calculismo ou estratégia em relação aos mercados, significa que Cavaco não tem grandes dúvidas quanto à constitucionalidade das medidas e por isso não vê qualquer inconveniente em que entre em vigor.
É evidente que Cavaco irá limpar a honra do convento mandando o OE para fiscalização sucessiva, isso porque os partidos da oposição não o deixarão de fazer e assim sendo a Presidência ficaria numa situação difícil se o TC declarasse inconstitucionais normas aprovadas por quem assumiu um cargo que o obrigou a jurar defender a Constituição.
«Juro por minha honra desempenhar fielmente as funções em que fico investido e defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa.» artigo 127.º da Constituição
«O Presidente da República não requereu a fiscalização preventiva do documento junto do Tribunal Constitucional. Orçamento do Estado para 2014 entra em vigor a 1 de Janeiro.
O Presidente da República não requereu a avaliação preventiva do Orçamento do Estado para 2014 (OE/14) junto do Tribunal Constitucional (TC). O prazo para o fazer esgotou-se ontem, sem que Cavaco Silva tenha pedido aos juízes do Palácio Ratton que se pronunciassem sobre a constitucionalidade das normas do documento. Assim, o Presidente deverá promulgar o OE/14 nos próximos dias, para que entre em vigor a 1 de Janeiro.»
PUBLICADO, em 27/12/2013 em http://jumento.blogspot.pt/
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
CONVÉM SABER ... ( II )
Entretanto, o mesmo Pedro Passos
Coelho criou o Centro Português para a Cooperação, uma
organização não-governamental (ONG) concebida para obter financiamentos
destinados a projectos de cooperação que interessassem à Tecnoforma. Entre os
seus membros figuravam Marques Mendes, Ângelo Correia, Vasco Rato, Júlio Castro
Caldas e outras destacadas figuras do PSD.
Hoje, soube-se algo mais sobre o
desgraçado programa Foral, então tutelado pelo Dr. Relvas. Quando apenas uma
circular teria sido suficiente para que autarquias locais ávidas de dinheiro
pudessem ficar informadas dos objectivos do programa, descobre-se que houve uma
campanha de comunicação, no valor de quase 450 mil euros, adjudicada em 2002 a
uma empresa de publicidade detida exclusivamente por Agostinho
Branquinho (a NTM), antigo deputado do PSD e actual secretário de
Estado da Segurança Social. José Pedro Aguiar-Branco, agora ministro da Defesa,
tornou-se presidente da assembleia geral pouco depois da adjudicação.
(…)
A história vem descrita no Público.
(…)
Já tivemos dois PSD: o do cavaquismo que desaguou na foz do BPN; e o do
pós-cavaquismo que apodrece placidamente num imenso delta. Afinal, o que é o
PSD?"http://www.arrastao.org/
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
CONVÉM SABER… ( I )
A Tecnoforma, uma empresa de que Pedro
Passos Coelho foi consultor e administrador, ficou com a parte de leão, na
região Centro, de um programa de formação profissional — financiado por fundos
europeus (programa Foral) — destinado a funcionários das autarquias, o qual era
tutelado pelo Dr. Relvas, então secretário de Estado da Administração Local do
Governo Barroso/Portas.
Os números são, de facto, esmagadores: só em 2003, 82% do valor das candidaturas aprovadas a empresas privadas na região Centro, no quadro do deste programa de formação profissional, coube à Tecnoforma. E entre 2002 e 2004, 63% do número de projectos aprovados a privados pelos responsáveis desse programa pertenciam à mesma empresa.
A história regista, entre outras, uma ideia de génio da Tecnoforma: a concepção de um programa de formação no valor de 1,2 milhões de euros para funcionários de aeródromos que estavam fechados, que eram pistas perdidas ou que tinham um ou mesmo nenhum funcionário.
Miguel Relvas era então o responsável político pelo programa, na qualidade de secretário de Estado da Administração Local de Durão Barroso, Paulo Pereira Coelho era o seu gestor na região Centro, Pedro Passos Coelho era consultor da Tecnoforma, João Luís Gonçalves era sócio e administrador da empresa, António Silva era seu director comercial e vereador da Câmara de Mangualde. Em comum todos tinham o facto de terem sido destacados dirigentes da JSD e, parte deles, deputados do PSD.
Os números são, de facto, esmagadores: só em 2003, 82% do valor das candidaturas aprovadas a empresas privadas na região Centro, no quadro do deste programa de formação profissional, coube à Tecnoforma. E entre 2002 e 2004, 63% do número de projectos aprovados a privados pelos responsáveis desse programa pertenciam à mesma empresa.
A história regista, entre outras, uma ideia de génio da Tecnoforma: a concepção de um programa de formação no valor de 1,2 milhões de euros para funcionários de aeródromos que estavam fechados, que eram pistas perdidas ou que tinham um ou mesmo nenhum funcionário.
Miguel Relvas era então o responsável político pelo programa, na qualidade de secretário de Estado da Administração Local de Durão Barroso, Paulo Pereira Coelho era o seu gestor na região Centro, Pedro Passos Coelho era consultor da Tecnoforma, João Luís Gonçalves era sócio e administrador da empresa, António Silva era seu director comercial e vereador da Câmara de Mangualde. Em comum todos tinham o facto de terem sido destacados dirigentes da JSD e, parte deles, deputados do PSD.
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
ISTO DÁ QUE PENSAR…NÃO DÁ?
Existe no PSD e no PS uma
mentalidade de cerco, que se acentuou com a subida ao poder de políticos
profissionais, sem influência e prestígio na sociedade. A sua permeabilidade
com a opinião pública é escassa, porque o que conta é o que acontece dentro e os
poderes de dentro. São pessoas unidas pelo seu papel nas estruturas do partido,
onde se encontram todas as possibilidades e todos os riscos. Nem sequer muitas
vezes existe a pulsão de “ganhar”, mas essencialmente de conservar. Se por
acaso um desastre eleitoral coloca em causa o pool de empregos e lugares de
forma drástica, como por exemplo ocorreu em Vila Nova de Gaia – Porto, – e
muitas pessoas são simultaneamente dirigentes partidários e empregados pelas
autarquias do PSD, ou com elas fazendo negócios altamente rentáveis em termos
de “serviços” como consultadoria jurídica, encomendas a empresas criadas para
este mercado específico no âmbito da “comunicação” ou do marketing, – então
soam os sinais de alarme e parte-se para a guerra civil.
“Encolhendo” os lugares
disponíveis, vale tudo. Foi o que aconteceu com a pressa de encontrar
“traidores” nas listas autárquicas que se acelerou pela necessidade de colocar
fora do partido, antes de eleições internas, todos aqueles que podiam
personificar uma oposição vinda de dentro aos interesses instalados. A
especulação recente sobre uma hipotética candidatura de Rui Rio ajuda ao
acantonamento, até porque, como António Costa no PS, Rio não tem qualquer
chance no PSD dos dias de hoje, se pretendesse repetir aquilo que Passos Coelho
fez contra Manuela Ferreira Leite: a constituição de uma fracção organizada,
muito bem financiada (aí é que é interessante saber se há “barões”…) e usando
de todos os recursos, mesmo a manipulação das eleições internas, como se veio a
saber em recentes revelações de um dos obreiros dessa tomada do poder. Como se
vêem ao espelho é isto que temem, por que pensam que os "outros" irão
fazer como "eles".
Nenhuma mudança no PSD é hoje
possível de dentro, de tal maneira o aparelho partidário está controlado
ferreamente, e, mesmo de fora, com o apoio de um forte movimento de opinião em
que o eleitorado social-democrata tem um papel decisivo, não estou certo que
tenha sucesso sem grandes convulsões. Nem Rio, nem Costa, nem ninguém de bom
senso e que saiba como está a nossa democracia, quer herdar uma partidocracia
que muda de fidelidades apenas em nome da partilha de lugares e de benesses de
um cavalo morto, para outro mais vivo, logo com mais sucesso eleitoral.
Ambos sabem que em democracia os
partidos são fundamentais, mas as partidocracias são uma perversão. A chave
está pois de fora, de fora para dentro, ou, quando isso se revelar impossível,
seguir o caminho que Rui Moreira fez nas eleições autárquicas, onde foi eleito
com nem mais nem menos do que grande parte do eleitorado do PSD no Porto. A
chave está em encontrar forma de fazer emergir esse eleitorado, seja para o
partido formal, seja para o partido informal”. Só aí, os dois únicos homens,
Rio e Costa, que acumulam o raríssimo prestígio da acção política prática, nas
duas maiores câmaras do país, com o voto dos portugueses, podem lá chegar. Eles
são também a última oportunidade do sistema político partidário português
sobreviver. É uma grande responsabilidade.
José Pacheco Pereira
http://abrupto.blogspot.pt/2013/12/baroes-quando-vejo-alguem-falar-em_1910.html
domingo, 15 de dezembro de 2013
O QUE OUTROS ESCREVEM...
MAIS UMA ESTOPADA
Para que raio foi aquilo a que alguns teimam em chamar
entrevista? Tirando o atirar de culpas para o governo anterior, que de uma
forma ou de outra acontece sempre que Passos abre a boca (até nisso mente, já
que quando tomou posse garantiu que não o faria) e repetir o que já estamos
fartos de ouvir, não tinha nadinha para dizer que justificasse a conversa de
chacha, entre amigos, a que assistimos. Claro que a culpa não é só dele. Os
jornalistas, pelos vistos, também não tinham nada de novo para perguntar. Por
exemplo, é absolutamente ridículo voltar a questioná-lo quanto à existência de
um plano B caso o Tribunal Constitucional chumbe a convergência das pensões só
para voltar a ouvi-lo dizer que o Governo foi muito cuidadoso quanto a
possíveis inconstitucionalidades e que por isso está muito tranquilo e não
espera chumbo nenhum. E os senhores jornalistas não lhe perguntam como é que no
meio de tantos cuidados o Governo não teve em conta a opinião de Cavaco, que
teve dúvidas e enviou a coisa para o Tribunal. Afinal, de que falam Passos e
Cavaco quando reúnem às quintas em Belém? Contam anedotas acerca do Governo de
Sócrates? Parece que das pensões não têm falado muito. E se falaram, é muito provável
que Cavaco tenha discordado da intenção do Governo, ou seja, Passos mente
quando diz que acautelou a possibilidade de haver um chumbo por parte do TC, é
que o TC não age por conta própria. Já para não dizer que falar de um plano B
pressupõe a existência de um plano A. E quando é que esta espécie de Governo
teve um plano? O único plano que existe é o da troika, estes imbecis limitam-se
a tentar executá-lo.
Não sei o que é pior, se o total vazio de Passos, se a
imbecilidade dos entrevistadores. Afinal, um dia haverá eleições, Passos será
substituído, mas e esta espécie de jornalistas, quando nos livraremos deles?
In, ASPIRINA B, 13 /12/013
A Dor
Estão a impedi-lo de nascer
estão a matar o que já foi.
Como ferida em todo o ser
Portugal dói.
Manuel
Alegre, 9/11/013
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