Embora não seja assunto que me motive por aí além, não posso ignorar que a questão da realização das Festas do Povo é recorrente nas conversas dos campomaiorenses, nos dias que correm.
Para mim que me considero bastante à margem desta questão, parece-me que há um certo desencontro entre o voluntarismo de um grupo que as quer fazer custe o que custar e a relutância de grande parte parte da população que parece não estar muito entusiasmada com a ideia de que elas venha a ser feitas neste ano. Claro que a conjuntura sócio-económica tem algum peso nesta hesitação.
Não deixa de ser notável a maneira como constantemente se afirma que "há Festas quando o povo quer" e a maneira insistente como alguns querem forçar a sua realização. Afinal trata-se de auscultar a vontade do povo ou de forçar a sua adesão?
Verdade seja dita que, à partida, parecem bastante consistentes as cautelas que condicionam a falta de vontade de uns. Tal como custa a entender a pressa que outros colocam nessa decisão. Se as Festas já se não efectuam desde 2004, porquê tanta precipitação? Porque não esperar por melhores dias?
Mas isto sou eu a pensar alto.
Há uma coisa que me parece, contudo, evidente: não podemos colocar de um lado uns porque gostam muito das Festas e do outro os que têm dúvidas de que seja este o melhor momento para a sua realização. Se calhar, tanto uns como os outros, tomam esta posição por darem grande valor a esta grande realização cultural da nossa terra.