A natureza parece apostada em iludir-nos com este falso Verão com que, já fora do seu tempo, nos vai contemplando. Costuma dizer-se que depois da tempestade vem a bonança. Mas o que agora sentimos verdadeiramente é que, depois desta adormecente bonança, uma grande tempestade ameaça desabar sobre as nossas cabeças.
Não se trata de uma previsão porque, infelizmente, se trata de uma segura certeza. De uma maneira ou de outra, já cada um de nós percebeu de que dias difíceis se aproximam. E não se trata de nada que tenha a ver com o clima. Trata-se do rumo que tomaram as coisas essenciais à vida de todos nós.
Os que vieram de fora, como os da troika, avisam-nos. Depois de bem nos assustarem, arvoraram-se em juízes e puseram-se à espera que nos comportemos bem, para que tudo possa ser remediado. Como se eles próprios não pertencessem ao grupo dos que, de modo tão irresponsável, nos foram empurrando para o buraco em que nos encontramos.
Os de cá, como se não tivessem também grande parte das culpas, vão-nos revelando os buracos financeiros que não param de aparecer. Para completar o cenário, aquele louco a quem o povo da Madeira encarregou de, durante tanto tempo, os desgovernar, não desiste da sua patética mania de exibir as suas tristes e loucas palhaçadas. Esperem para ver quanto nos vai custar…
No meio de tudo isto, onde iremos buscar a esperança? Como encontrar forças para enfrentar tudo o que o futuro próximo nos reserva?
Andámos muito distraídos e deixámos que a ambição louca de alguns nos arrastasse para o quase abismo em que vivemos. Por facilitismo deixámos a nossa vida entregue a incompetentes, escolhendo idiotas e palhaços disfarçados de políticos que transformaram tudo isto numa triste palhaçada.
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