domingo, 24 de junho de 2012

DA DEMOCRACIA

A palavra vem do grego antigo e significa literalmente o governo pelo povo ( demos=povo + cratia=governação).
E foram também os gregos antigos que, há mais de 2.500 anos, criaram esta forma de governo que basicamente consiste em todos os cidadãos poderem escolher aqueles que, por algum tempo, assumem o encargo de governar a "polis" (Cidade, que para os gregos antigos significava Estado).
Mas a democracia, tal como hoje a entendemos, só começou a impor-se  como forma de governo há pouco mais de duzentos anos tendo os seus primeiros ensaios na França  e nos Estados Unidos da América, em finais do século XVIII. 
Na verdade, hoje, esta forma de organizar os Estados, é a mais generalizada, pois as formas não democráticas tornaram-se minoritárias, constituindo excepções. 

Só que um novo problema se levanta: 
 - Mas, as chamadas Democracias, até que ponto são verdadeiramente geridas pelos que foram escolhidos pelo povo?
Efectivamente, já não há verdadeiros governos à frente dos destinos dos países, porque eles já na~p determinam a direcção política que deve ser seguida. A Comissão Europeia, em Bruxelas, tem-se apoderado dessa função e desse poder, embora, ela mesma, seja condicionada pelos todos poderosos mercados. A Comissão Europeia foi-se tornando numa espécie de tutora dos assuntos económicos dos estados que a integram.

Repare-se no que sucede, hoje, neste pequeno país em que vivemos e que dá pelo nome de Portugal:
- É de facto o governo que governa? 
Dito de outro modo:
- É o governo que determina a nossa vida no que respeitas às questões fundamentais que determinam o nosso modo de viver?

Ou será que vivemos numa estranha forma de ditadura em que, embora continuemos a votar para escolher os governos, estes só fazem aquilo que lhes é determinado por ditadores que não sabemos quem são, que vivem não sabemos onde e dos quais não conhecemos um rosto que possamos identificar. São apenas referidos pela estranha denominação de OS MERCADOS os quais nos enviam gente que se apresenta com nomes estranhos: TROIKA; FMI; BCE...
alguma razão terá levado François Holande a  proclamar que, o que estava em causa era a soberania da França face aos mercados.

De facto o capitalismo chegou a um ponto em que tudo se move segundo razões que a nossa razão desconhece...

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