Por volta de 2006/2007, graças a uma eficaz reforma da Segurança Social, considerava-se que Portugal tinha assegurado o financiamento do sistema público da Previdência até ao ano de 2030.
Hoje, ano de 2013, a Segurança Social deste país encontra-se em risco, devido à conjugação de factores como o défice crescente das contas públicas, ao desemprego que não pára de crescer, às reformas antecipadas,ao grande número de jovens que optaram pela emigração e à tendência acentuada para o envelhecimento da população.
Mas, isto que é uma evidência, só preocupa mesmo aqueles para quem a segurança, a saúde e a subsistência dos mais carenciados constitui uma verdadeira preocupação, ou seja, aqueles que pensam que acima de tudo é necessário garantir condições minimamente dignas aos que, por impossibilidade, por deficiência, ou por idade, já não podem continuar a angariarem os recursos e os meios de sustentação das suas vidas em condições aceitáveis.
Esta é uma das questões essenciais que determinam as grandes opções políticas, pois que, para alguns, a pobreza será resolvida com a caridade praticada pelos mais beneficiados. Mas, a caridade, se tranquiliza a consciência dos mais favorecidos, não liberta os mais necessitados do inferno que é viver em condições de extrema carência. Em contrapartida, para outros, é função da sociedade, através do Estado, assegurar condições de vida a todos os seus membros para que todos possam viver de modo condicente com a sua dignidade de pessoas. Daí a necessidade de uma previdência que assegure a função providencial de um Estado Social.
O resto são os truques mais ou menos elaborados das politiquices, escondendo de forma mais ou menos elaborada a diferença que vai de se entender a política como uma intenção e uma missão de servir e os que vêem nela apenas uma forma de se servirem recorrendo a expedientes mais ou menos ilegais, ou mais ou menos corruptos para alcançarem os seus inconfessáveis objectivos.
Sem comentários:
Enviar um comentário