quinta-feira, 7 de junho de 2012

DA FORÇA DO PENSAMENTO ...

Platão viveu na transição do século V para o século IV antes de Cristo, na cidade de Atenas, berço da civilização europeia, base da actual civilização mundial. Foi discípulo e apologista de Sócrates que nada escreveu, mas que deixou tal impressão nos que o escutaram que o seu pensamento chegou a todos os povos e civilizações. 
Ao pretender preservar o pensamento do seu mestre, Platão, como digno discípulo, não se limitou a reproduzir o pensamento do mestre. Desenvolveu-o e ampliou-o de modo a torná-lo numa das formulações mais geniais dessa maneira de estruturar o pensamento humano a que chamamos Filosofia.
Sócrates não escrevia. Interrogava, levando os seus interlocutores a tomarem consciência da verdade sobre as coisas que estavam dentro das suas consciências, exercendo assim uma eficaz  pedagogia sobre os seus concidadãos.
Essa sua constante procura para levar os outros à consciencialização da virtude e da verdade, irritava os poderosos  do seu tempo. E Sócrates foi preso, julgado e condenado, pagando com a vida  o magistério que desenvolvia junto dos mais novos e que incomodava os corruptos, como acontece sempre, em todos os tempos.
Afinal, que coisas tão graves continham os ensinamentos de Sócrates? Eram coisas muito simples como a que está contida na seguinte frase de Platão:
Procurando o bem dos outros, encontramos o nosso.
Simples, mas prenhe de sentido e tão carregada de verdade que os estúpidos deste mundo não lhe atingem o significado, nem  podem suportar que alguém o assuma como verdade essencial.
É que para eles o principio básico é sempre o de que acima de tudo, devo procurar o meu próprio bem, mesmo que à custa do sacrifício dos outros.
 Já agora, termino esta prosa com uma pergunta: Por acaso alguém conhece os nomes dos poderosos que condenaram Sócrates à morte?

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