Está prevista para hoje a eleição dos novos corpos sociais da Associação das Festas do Povo de Campo Maior. Eis que, o que parecia já finado de todo, regressa à vida. Vamos ver com que genica e ganas para dar continuidade a uma tradição, talvez a mais importante da cultura campomaiorense.
Para já, pelo que é possível avaliar neste momento, não se adivinham grandes novidades. O pessoal da Delta é dominante na lista apresentada. Em princípio, não há mal nisso. Entre esse pessoal estão alguns dos mais capazes para levar a bom porto a finalidade prioritária da Associação: promover a realização das Festas.
As grandes dúvidas consistem na oportunidade e nas condições em que estas poderão ser realizadas, a confirmar-se a data de 2011. Isto porque, atendendo à conjuntura de crise que atravessamos, será o peso comportável pela autarquia e pela população de Campo Maior?
Por outro lado, haverá vontade suficiente das pessoas para empreenderem essa grande tarefa que é fazer as flores e os outros elementos decorativos para as ruas?
Num tempo em que estamos empenhados em compreender e discutir o proclamado Orçamento Participativo, não seria de ensaiar uma forma ainda mais autêntica de participação democrática realizando um referendo a sério sobre a oportunidade de realização das Festas? Ou preferem tomar a sério o que não passou de um mero acto de propaganda a que chamaram sondagem, feito na Feira?
Talvez convenha ter uma atitude mais ponderada e responsável perante uma decisão que acaba por envolver, directa ou indirectamente todos os habitantes de Campo Maior.
Não basta proclamar que as Festas se fazem quando o Povo quer e depois tudo ser decidido por uma minoria, ignorando a verdadeira vontade do Povo.
E atenção: um referendo, autenticamente democrático não se faz em assembleias por votação de braço no ar.
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