Li algures uma frase que dizia mais ou menos o seguinte:
Uma pessoa de princípios deve fazer mais do que lhe é exigido e muito menos do que lhe é permitido.
Acontece que eu penso que assim deva ser. Mas, confesso que não me atrevo a confessar isso diante da maior parte das pessoas com quem tenho de conviver.
Tenho a certeza que alguns me iam considerar no mínimo um tipo mais do que esquisito. Talvez um palerma que, desde há muito, suspeitam que sou.
Hoje poucos são os que pretendem ser pessoas de princípios. Tende-se mais a pensar que o que interessa é irem-se desenrascando. O resto não passam de conversas para adormecer bois mansos.
Mas, eu prefiro entender que não. Preso-me demasiado e, por isso, entendo que só vivendo segundo princípios consigo olhar-me com respeito e consideração.
Tenho para mim que interessa muito menos parecer, porque o mais importante é aquilo que, efectivamente, sabemos que somos. Podemos facilmente enganar os outros; mas é muito difícil que nos consigamos enganar a nós mesmos quando se trata de avaliar o que verdadeiramente somos.
Não é por vivermos num tempo em que impera a iniquidade, que vamos dissolvermos na mediocridade que nos rodeia. Como dizia o trovador: Que haja sempre alguém que resista! Que haja sempre alguém a dizer NÃO!
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