sábado, 14 de julho de 2012

RELVAS QUE CRESCEM DEPRESSA ...


Miguel Relvas fez licenciatura num ano

O ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares fez num ano uma licenciatura cuja duração é de 3 anos. O seu currículo profissional e a frequência em cursos de História e Direito ter-lhe-ão dado equivalências às restantes disciplinas.
Matriculou-se pela primeira vez na Universidade Lusófona em setembro de 2006 no curso de Ciência Política e Relações Internacionais e em outubro 2007 licenciou-se.
"Tirei o curso de Ciência Política e Relações Internacionais, na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia, em Lisboa, depois de ter frequentado, na década de 80, os cursos de Direito e de História", informou o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, em entrevista ao jornal i.
António Valle, assessor do político, explicou ao jornal Público que o facto de o ministro ter frequentado “os cursos de Direito e de História” permitiu-lhe a conclusão do curso em menos tempo. Valle não esclareceu, porém, quantos créditos lhe foram atribuídos com as equivalências, nem quantas cadeiras Miguel Relvas fez na Lusófona. 
O Público avança que a única disciplina que o ministro concluiu antes de 2006 foi a cadeira de Ciência Política e Direito Constitucional do curso de Direito da Universidade Livre. Concluiu-a em 1985, com 10 valores.
Quando pediu para ser admitido na Universidade Lusófona, em 2006, já tinha sido eleito deputado em várias legislaturas e ocupado o cargo de Secretário de Estado da Administração Local do XV Governo Constitucional, dirigido pelo ex-primeiro-ministro José Manuel Durão Barroso.
Percurso
Em Setembro de 1985, Relvas pediu transferência para o curso de História, matriculou-se em sete disciplinas mas não concluiu nenhuma. Em 1995, pediu o reingresso na Universidade Lusíada -antiga Universidade Livre - para o curso de Relações Internacionais, mas não chegou a frequentar nenhuma cadeira. Dez anos depois, em 2006, matriculou-se na Lusófona em Ciência Política e Relações Internacionais, tendo concluído o curso um ano depois.
Segundo o plano de estudos disponível no site da universidade, o curso tem 36 disciplinas, distribuídas por seis semestres, com um total de 180 créditos.
Uma lei publicada em março de 2006, meses antes de o atual ministro ser admitido naquela instituição de ensino, prevê que as universidades e politécnicos possam reconhecer “através da atribuição de créditos, a experiência profissional” de pessoas que já tendo estado inscritos no ensino superior pretendam prosseguir estudos (Decreto-Lei 74/2006).

Nuno de Noronha (Sapo, 3 de Julho de 2012)

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