sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Vamos lá pensar...

Torna-se cada vez mais evidente que algo não vai bem no pequeno reino da Escola Secundária de Campo Maior. Parece que, nos tempos que correm, estamos condenados a uma situação generalizada de crise que, quer a nível do país, quer a nível das pequenas instituições, vai tomando conta de tudo.
O mais grave é que a crise parece ser mais de mentalidade do que de recursos, de estruturas ou de conjuntura. Assim, as pessoas em vez de analisarem a situação de uma forma racional, apontando o dedo para os erros que se estão a cometer, para as hesitações em decidir de forma apropriada e para falta de ideias para encontrar solução para os problemas, preferem a solução mais fácil que é procurar responsabilizar para o que está a acontecer, não os que estão agora com a incumbência de governar, mas apontando o dedo apenas para os que estiveram antes.
O que se passa a nível nacional, passa-se também a nível dos pequenos casos, como é este da Escola Secundária de Campo Maior. Os que clamaram contra o que estava anteriormente em termos de gestão da escola, ganharam impondo a solução que mais seria do seu agrado. A anterior gestão ficou assim democraticamente julgada e sancionada. Aqui devia terminar um ciclo para que outro começasse, trazendo as soluções necessárias. Mas isso não está a acontecer. Clama-se que tudo vai de mal a pior. Em vez de se procurar entender porque é que as coisas não correm bem, adoptam a seguinte atitude: "a culpa é da utopia pedagógica da anterior directora". Mas, sejamos honestos e francos: o  que será pior do que uma utopia quando se trata de educação? Não será a falta total de projectos, perspectivas e ideais? Pior que a utopia será ou não a atopia? Não há educação sem rumo. Não há pedagogia sem ideal de formação. Será essa a questão verdadeiramente importante a debater no que respeita ao caso da Escola Secundária de Campo Maior?
É desesperante verificar a forma como o tão proclamado "eduquês" vai dando lugar a um "cratês" que não só não traz soluções, como se caracteriza por uma ausência total de ideias.

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