Cavaco Silva parece ter uma relação estranha, tão estranha que se não
fosse o juramento que fez perante o parlamento e perante o país
dir-se-ia que em vez de um problema político é um problema de saúde do
foro da alergologia, até parece que basta falar-se em constituição que o
homem fica logo com urticária.
A decisão de cavaco Silva de fechar os olhos às inconstitucionalidades
evidentes no OE não significa qualquer calculismo ou estratégia em
relação aos mercados, significa que Cavaco não tem grandes dúvidas
quanto à constitucionalidade das medidas e por isso não vê qualquer
inconveniente em que entre em vigor.
É evidente que Cavaco irá limpar a honra do convento mandando o OE para
fiscalização sucessiva, isso porque os partidos da oposição não o
deixarão de fazer e assim sendo a Presidência ficaria numa situação
difícil se o TC declarasse inconstitucionais normas aprovadas por quem
assumiu um cargo que o obrigou a jurar defender a Constituição.
«Juro por minha honra desempenhar fielmente as funções em que fico
investido e defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da
República Portuguesa.» artigo 127.º da Constituição
«O Presidente da República não requereu a fiscalização preventiva do
documento junto do Tribunal Constitucional. Orçamento do Estado para
2014 entra em vigor a 1 de Janeiro.
O Presidente da República não requereu a avaliação preventiva do
Orçamento do Estado para 2014 (OE/14) junto do Tribunal Constitucional
(TC). O prazo para o fazer esgotou-se ontem, sem que Cavaco Silva tenha
pedido aos juízes do Palácio Ratton que se pronunciassem sobre a
constitucionalidade das normas do documento. Assim, o Presidente deverá
promulgar o OE/14 nos próximos dias, para que entre em vigor a 1 de
Janeiro.»
PUBLICADO, em 27/12/2013 em http://jumento.blogspot.pt/
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
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