Tive de cumprir uma promessa que tinha feito à minha tia e à minha priminha. Prometera que iria ao Centro Cultural acompanhar a primeira e ouvir a segunda na apresentação do espectáculo baseado no conjunto de flautas, dirigido pelo professor Vasco Pereira.
Tinha feito uma primeira tentativa quando se apresentaram na feira das escolas. Dela vim muito arreliado porque, com a barulheira e a falta de educação dos assistentes, não me permitiu ouvir qualquer som. Lá me convenceram que agora era diferente e ainda bem que o fizeram. Entre as razões que me apresentavam, pesou muito a da minha priminha que parava de elogiar a paciência do professor, embora fosse dizendo que ele é muito exigente e não consente brincadeiras. Quanto à minha tia, o facto de eu perceber que lhe dava jeito a boleia, também pesou bastante.
Confesso que dou a mão à palmatória. Foi bom ter-me deixado convencer. O que vi e ouvi foi muito agradável e merecedor de todo o apoio e dos maiores elogios. Se foi muito perfeito ou não, não interessa mesmo nada. Interessa é ver crianças desta terra empenhadas em tocar músicas que vão desde os tempos mais antigos, até à actualidade e da música clássica à musica popular.
É a segunda vez (a primeira foi a da Universidade Sénior) que sou surpreendido por realizações levadas a efeito nesta terra e de que, infelizmente, tão pouco se fala. Esta última nem sequer vinha no folheto que é distribuído pela Câmara que não lhe fez qualquer publicidade.
Se isto não é dar pouca importância à cultura local, então não sei como lhe devo chamar.
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