quinta-feira, 28 de novembro de 2013

JULGAR OS CRIMES DA TROIKA


Eu, residente neste enclave entre Portugal e Espanha, onde os dias passam iguais aos dias que sempre foram, ciente de que não tenho nada de interessante sobre que possa e deva escrever, optei por ir divulgando o que outros, com mais oportunidade, com maior interesse, com melhor saber e mais aguda inteligência, vão escrevendo sobre o que se passa e se pensa, lá por fora, onde a vida continua a acontecer.


A troika teve em Portugal um comportamento irresponsável, ilegal e criminoso e se no caso do FMI já se sabe da sua preferência por regimes de ditadura da extrema-direita, já no que se refere à União Europeia é tudo mais grave pois esta foi criada no pressuposto da defesa dos valores democráticos. As políticas defendidas pelo FMI e pela União Europeia, designadamente, pela seita do comissário dos Assuntos Monetárias e pelos economistas obscuros do BCE só são viáveis num clima de ditadura pois têm como pressuposto uma mega transferência de riqueza dos mais ricos para os mais pobres. A política adoptada pela troika para Portugal só tem paralelo no Chile de Pinochet.
Para impor ao povo português uma política económica digna do regime de Pinochet a troika recorreu a um comportamento criminoso que não pode ser ignorado e deve ser alvo de julgamento ao nível nacional e internacional. A troika usou um país para fazer experiências sem, contudo assumir as responsabilidades. A troika manipulou o governo de um país soberano assegurando-se que era um dos seus a conduzir a política económica e a mandar nos restantes membros do governo. A troika ignorou o memorando que ela própria assinou e contando com um governo por ela controlado alterou o memorando de forma opaca e à margem de todos os partidos que o assinaram e das instituições democráticas.

A troika é responsável pelo agravamento da crise financeira, pela violação da soberania, por ter feito um golpe de Estado em Portugal. Os responsáveis pela troika – presidente da Comissão Europeia, presidente do BCE e directora do FMI – não passam de criminosos que devem ser responsabilizados politica e judicialmente pelo sofrimento que impuseram aos portugueses e pela consequências e prejuízos resultantes da política económica que impuseram ao país por métodos pouco claros.

In, http://jumento.blogspot.pt/

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