De passagem na rua ouço, uma bem-posta jovem senhora, lamentar na conversa que estava a ter como um seu conhecido: "Olha, estou de baixa. Já não podia mais. Estou morta porque acabe este maldito contrato para ir para o desemprego."
Algo vai mal neste nosso pequeno país "à beira-mar plantado." Afinal, suporta-se o emprego para se atingir o objectivo que é estar no desemprego...?
Eu a pensar em pessoas deprimidas por não conseguirem trabalho... Vou tentar acreditar que estes casos são excepção. Porque, se isto for a regra, teremos de concluir que estamos a viver numa fase de total ausência de vergonha. Estamos a lidar com assumidos parasitas sociais que apenas querem ser sustentados, tendo um mínimo de encargos, esforços e preocupações?
Dantes, segundo tenho ouvido, as pessoas revoltavam-se contra o parasitismo dos mais ricos que nada faziam, nada produziam, mas eram os que mais aproveitavam da boa vida à pala de serem eles os proprietários das grandes riquezas. Mas agora vamos revoltar-nos contra quem? Afinal quem é que nos explora mais, a nós os "totós" que ainda ocupamos o nosso tempo, esforço e capacidades a tentar produzir alguma coisa que seja útil para a sociedade?
Tenho cá para mim que algo anda desarranjado no mecanismo desta coisa a que se chama o Estado Social.
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