segunda-feira, 30 de setembro de 2013

DESEJO DE UM TEMPO NOVO


Concluído este ritual democrático a que chamamos processo eleitoral, temos de voltar ao normal das nossas vidas. Uns a lamber feridas e outras mazelas porque, se é verdade que "quem vai à guerra dá e leva", também é verdade que os golpes sofridos doem mais aos que perdem do que aos que saem vitoriosos do combate.
E deixemo-nos de hipocrisias e eufemismos. Tratou-se de um verdadeiro e duro combate. Combate democrático é certo. Mas, na realidade, estavam em confronto projectos sociais, ambições pessoais e concepções sobre a política que, por se situarem em pólos completamente opostos levaram irremediavelmente a uma confrontação. Basta analisar os resultados para confirmar que era essa a situação que se tinha criado nesta comunidade. Os votos concentraram-se em volta de duas propostas e ignoraram quase por completo tudo o que ficava fora desse confronto.
Agora, esperemos que venha um tempo de maior tranquilidade e que a disputa conceda um largo espaço à governação. 
Bem necessitados estamos disso porque, durante um tempo muito largo, o improviso, o recurso a artimanhas mais ou menos habilidosas, a jogos de poder mais ou menos encapotados, ocuparam o lugar  que deveria ter sido aproveitado para um exercício legitimo do poder político. 
Já é tempo de mudar porque o povo votando, expressou  claramente essa vontade de mudança.

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