Mas que raio de “branca” vos
passou pela cabeça para terem dado origem a semelhante “bronca”?
Vejamos os factos:
1. Os
senhores convocam a população para Inauguração
da Casa-Museu Santa Beatriz da Silva – Campo Maior, com a seguinte programação:
15horas –
Inauguração da Casa-Museu …
– Apresentação do livro Vida
e Obra de Santa Beatriz da Silva, de Francisco Galego.
2. Chegada
a hora marcada, dirijo-me ao local para onde tinha sido convocado e onde
cheguei esbraseado pela inclemência própria da época e da hora. Logo aí comecei
a sentir algumas dúvidas sobre a pertinência das decisões tomadas pela
organização.
3. Encontrei
em espera um razoável agrupamento de gente – surpreendeu-me que debaixo daquela
torreira fossem tantos, mas levei aquilo para o lado da fé que, como é sabido,
move montanhas; portanto, pensei que mais fácil seria mover as vontades. Fiz
como os que já lá estavam: abriguei-me na sombra, junto à parede, como, salvo
seja, costumam fazer as ovelhas quando o calor aperta.
4. Esperei
pacientemente, ouvi os discursos que, na circunstância foram sendo feitos pelas
personalidades presentes, mas com uma dúvida a causar-me algum incómodo: como o
autor do livro estava presente, temi que fosse ali, debaixo daquele calor, que
fosse feita a apresentação do livro.
5. Fiquei
tranquilo quando deram a indicação para irmos entrando em lotes de 30 cabeças.
Chegada a minha vez entrei, recebi um livrinho que amavelmente me foi oferecido
e procurei onde ia ser feita a apresentação do livro. A resposta foi: “A
apresentação do livro vai ser no Centro Cultural às 19.30 h”. Em casa fiz uma
primeira abordagem ao livro que me despertou um interesse ainda maior do que a
expectativa que tinha à partida.
6. Chegada
a hora lá fui ao Centro Cultural, até porque tinha a intenção de pedir alguns
esclarecimentos ao seu autor. Aí começou a grande surpresa: a apresentação que
ia acontecer respeitava apenas a um outro livro que eu sabia que vinha também
indicado no programa. Naturalmente perguntei pela apresentação do que tinha
sido dado na Casa-Museu. Percebi que afinal, para esse, não havia apresentação nenhuma.
7. Claro
que me senti um pouco logrado. Pior fiquei quando, chegado a casa, pude
comparar as duas obras que me tinham sido oferecidas. Como resultado passei da
sensação de estranheza à de perplexidade. Então, em Campo Maior foi apresentada
a obra inédita e, na minha modesta opinião, um contributo interessante para a compreensão
da personalidade e obra de Santa Beatriz, sem se ter dado qualquer destaque ou
relevo, sem merecer qualquer referência pelos que discursaram e sem ter dado
lugar à mais singela apresentação e deu-se todo o relevo a uma obra publicada em
2011, que consiste em resumos de comunicações feitas num congresso e nos dados
biográficos dos comunicantes?
Desculpem mas, para mim isto não
faz qualquer sentido. Apenas me ocorrem à mente velhos ditados como estes dois:
-
Santos da terra não fazem milagres (e
acrescento: mesmo que queiram explicar e divulgar a Santa que esta terra gerou):
-
No melhor pano cai a nódoa (e
acrescento: não afirmo que o vosso pano possa ser considerado o melhor, mas o
que penso é que, mesmo para um pano assim-assim, esta nódoa foi mesmo muito
grande).
Fiquei tão zangado que acabei por
tomar uma atitude um tanto ou quanto infantil: tinha pensado em ir assistir à
apresentação dos candidatos que decorria, um pouco mais tarde. Mas, emburriquei
e recusei-me a ir. Paciência! Daí não virá mal ao mundo, nem ninguém ficará
incomodado por isso.
O seu último Post "Falar Claro" assenta que nem uma luva neste texto. Na verdade na nossa Edilidade há um défice de gente vocacionada para assumir realizações deste tipo. Em tempos houve uma situação que me levou a escrever um post. que intitulei de: " O Seu a Seu Dono" e que se passou com a minha Pessoa. Leia-o e depois retire as ilações.
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