Cheguei ontem de férias e encontrei a vila algo alterada no seu viver habitual. A Feira de Santa Maria teve este ano algumas diferenças de roupagem. Andei pelo jardim e à noite ainda me deu para espreitar a actuação da banda. Se não estou em erro, foi esta a segunda vez que actuou naquele espantoso monumento que é o coreto. Por este andar, vão ser precisos muitos anos para que se justifique o balúrdio de dinheiro que ali foi enterrado. Que saudades do antigo coreto, pequeno, humilde, mas tão carregado de história que devia ainda hoje fazer parte do nosso património.
Gostei da ideia da feira de artesanato. Aí está a cultura popular, sem se entender por isso que tem de ser barulhenta manifestação de músicas, danças e cantares de gosto por vezes muito discutível. Como o espectáculo foi na noite anterior, não vou dar opinião sobre isso.
Gostei da ideia da ruazinha a evocar as saudosas Festas. Mas, tenho de confessar que a qualidade dos ornamentos fica muito aquém do que estamos habituados a ver nas nossas festas. Há ali qualquer coisa que mostra pressa e pouco cuidado na realização. Há encenação mas não há arte. Falta o apuro e a delicadeza que costumamos associar às flores de papel que são feitas em Campo Maior. De qualquer modo, valeu pela ideia de fomentar o desejo das festas.
Claro que a feira em si deixa muito a desejar. Qualquer dos mercadilhos é mais rico de oferta do que o que está exposto na Avenida. A ideia de abrir um espaço no lugar do antigo parque infantil é bem achada.
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