Sabia que me toparias mal lesses a minha mensagem. Sabia também que me responderias com o teu habitual cinismo que mascaras sempre com uma boa dose de ironia.
Pena tenho de não ter provado os pastéis da Cristina. Estariam bons, como habitualmente. E que bem fica a Cristina assim, grávida do nosso futuro.
Futuro que não sei se nos irá afastando até de nós não sobrar mais que "a recordação dos velhos tempos". Pois que, enquanto tu vais no sentido da adaptação, eu continuo a achar que merece a pena resistir à facilidade. Não sei se caberei no "futuro político muito risonho" que sonhas para teu destino. O meu não passará por aí, certamente.
Gostaria apenas que pensasses melhor na "longa travessia do deserto" que te recomendo. Às vezes, é preciso ir devagar por se ter pressa de chegar. Porque a pressa, além de má conselheira, leva a frequentes enganos que não conduzem à meta desejada.
Nunca foste de grandes reflexões. Preferiste sempre agarrar aquilo que consideras grandes ocasiões.
Sabes bem que jamais te acompanharia em grandes cavalgadas que conduzam a coisas que não estão de acordo com o meu entendimento do que deve ser o caminho de um homem. De qualquer modo, uma coisa é certa: as velhas amizades são as perduram.
Sem abraço, porque não consigo deixar de estar bastante desagradado com as tuas escolhas.
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