O primeiro-ministro de Portugal, perante a gravidade da situação económica e financeira do país, recuou, resolveu adiar, reavaliar, deixar para dias mais favoráveis algumas decisões e realizações. Não porque mudasse de opinião sobre a sua necessidade e importância. Mas porque reconheceu que "agora" não estavam garantidas as condições mais adequadas para persistir.
E nós por cá? Quando tomaremos consciência de que situações críticas e de gravidade, exigem avaliação cuidada dos meios, reflexão ponderada sobre as consequências e prudência na escolha da melhor ocasião para decidir?
Vem isto a propósito das "Festas". Sei que foram prometidas à população. Mas será este o tempo de as realizar? Haverá meios para o fazer? Não iremos prejudicar a resolução de outras questões mais necessárias e prioritárias?
Se for caso disso, adiem-se. Expliquem-se, com frontalidade, verdade e clareza, as razões, os contornos e as causas da situação e o povo entenderá. As "Festas" devem servir para alegrar e não para atrapalhar a vida da população. Fazê-las sem as melhores condições é condená-las ao fracasso e contribuir para o seu desaparecimento como a maior e mais importante das nossas tradições.
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