A propósito de um comentário ao post Provérbios populares, de 15 de Maio, achei que seria apropriado voltar de novo aos provérbios. Já me pus a pensar nestes pequenos e sábios ditos. Sei que alguns vêm de muito longe. Já li mesmo, não sei onde, que vêm do tempo dos romanos e de mais antigo ainda. Tenho para mim que, venham de que tempo vierem, vão juntando a sabedoria popular. Penso que as coisas se vão repetindo e as pessoas acabam por as registar nessas pequenas frases a que chamamos provérbios.
Ora bem... a propósito do tal comentário, ocorre-me mais um provérbio que reza assim: Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és. Ora, aqui está uma grande verdade que alguns dos nossos políticos parecem ignorar, não sei se por andarem distraídos, se por não lhes convém saber. Na segunda hipótese, o caso toma alguma gravidade. Porque as más companhias marcam a imagem das pessoas que têm muita exposição pública e muitas responsabilidades quanto à maneira como são vistas pelos outros. Ou seja, como diz um outro ditado que, à primeira vista, deve ser muito antigo, À mulher de César não basta ser séria; tem de parecê-lo. Se uma pessoa sem responsabilidades públicas pode encolher os ombros e pensar para si tanto se me dá como se me deu, aquele ou aquela que foi escolhido ou escolhida para tratar do bem comum, deve parecer que está de facto empenhado ou empenhada em fazê-lo da melhor maneira que puder. Porque, aos que apoiaram, levantará a suspeita. Aos que o combateram, dará armas para poderem atacar.
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