quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Má-língua e espírito crítico

Por um questão de princípio, não gosto de revelar as minhas convicções religiosas ou políticas. Por um lado porque não tenho espírito de seita nem gosto de sectarismos. Por outro lado, porque entendo que as regras de boa convivência e de boa educação nos impõem uma atitude de tolerância e de respeito pelas crenças, convicções e opiniões dos outros.
Dito isto, confesso que desta vez, é com grande prazer que transcrevo as ideias com que me identifico tanto mais que são expressas por alguém que muito considero:
Os católicos estão perante um convite à participação numa investigação e num debate que conduzam a uma nova ordem pastoral. Ficar de fora para, depois, vir dizer que não se faz nada ou que aquilo que se faz está mal feito, não me parece melhor opção. 
 A má-língua nada tem a ver com o espírito crítico, que se caracteriza pela capacidade de ver, analisar e avaliar, isto é, saber destrinçar para decidir segundo os dados recolhidos. A má-língua é derrotista e paralisante. O espírito crítico, pelo contrário, ao não reproduzir velhas perguntas - perguntas velhas que só podem trazer velhas respostas -, levanta questões que, pondo em causa falsas evidências, abrem o caminho à investigação do desconhecido
O sublinhado é meu, mas o texto é de Frei Bento Domingues O.P., no jornal Público de 3 de Outubro de 2010.
Embora num contexto de pensamento cristão, estas ideias e princípios são universais e por isso entendo que devem ser divulgadas. Principalmente, numa sociedade como esta em que nos integramos, onde campeia a má-língua e falta espírito crítico, vontade e capacidade para remediar necessidades e erros que se resolveriam com maior compreensão e intervenção.

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