quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Para que conste

"Nas finanças, temos de fazer um estudo das despesas muito pormenorizado e sossegado. Não é ir aos salários... é ver despesa a despesa.
Por exemplo, o mapa autárquico de mil oitocentos e tal não presta. Temos 30% de municípios com menos de dez mil habitantes... o que pagam de impostos não dá para o presidente da câmara o chauffeur e a secretária!
Tem de se reorganizar o mapa autárquico. 4.500 freguesias é um disparate! E, sabe porque não se mexe no mapa autárquico? Porque há presidentes de câmara que tinham de ir tratar da vida para outro sítio. Não se faz nada que mexa em interesses!

Empresas municipais - suprimir a eito. Essas empresas? Então a gente viveu sem elas até há cinco anos! O que houve foi um esperto que descobriu que aquilo era maneira de fugir com o dinheiro às contas. Endividam-se pelas empresas municipais, e não se endividam pelas câmaras. Se eu estivesse nas Finanças, no dia em que aparecesse a primeira, não deixava andar nem mais uma! Acabar com piscinas, redondéis, coisas onde se gasta dinheiro.

Não preconizo que se mexa no Estado Social, em pessoas com trezentos euros de reforma, que já são uma desgraça. Deve-se mas é acabar com as despesas inúteis todas...

Os carros devem ser de modelo médio para ministros e têm de durar cinco ou seis anos. Quando fui ministro, tinha um carro recuperado da sucata da Alfandega de Lisboa."

Medina Carreira em entrevista à TSF e ao DN, 10 de Outubro


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