Que triste espectáculo a que assistimos quando verificamos que as nossas ruas estão quase sempre cheias de lixo, com papéis, embalagens, sacos de plástico e outros tipos de porcarias.
Há gente que resolve a questão com toda a facilidade dizendo, "são os ciganos". E de consciência tranquila, passam adiante. De facto, são também os ciganos, mas não só. Quem quiser com olhos de ver poderá facilmente confirmar que há muitos não ciganos a contribuir constantemente para o desmazelo em que se caiu nesta terra no que respeita à limpeza dos espaços públicos. Desde as criancinhas de escolas, aos mais idosos, vemos constantemente deitarem para o chão todo o tipo de porcarias.
Isto parece tão enraizado nos hábitos da população que se coloca um problema: que fazer para mudar este estado de coisas?
A mim passa-me pela cabeça que se trata de um problema de educação. Assim sendo, há uma instituição que não pode ficar fora desta questão. Porque, é ainda mais chocante ver a maneira como as crianças das escolas sujam o seu próprio espaço, deitando todo o género de coisas para o recreio, quando não vão mesmo ao ponto de deitar cá para fora as embalagens das coisas que acabaram de comer ou beber
Parece-me a mim que o papel da escola não se deve limitar a ensinar as matérias. Deve também educar, levando as crianças a adquirir hábitos que as tornem mais educadas e mais aptas para viverem em sociedade. Há mesmo escola tão preocupadas com o desenvolvimento da cidadania que levam a cabo muitas acções para sensibilizar as crianças para a necessidade de manter limpo o meio que as rodeia e para a prática de hábitos como a reciclagem dos lixos.
Tenho para mim que ganhar a batalha da higiene pública será uma forma de contribuir para a melhoria geral da educação. É sabido que, frequentemente, as próprias crianças levam para as famílias os hábitos e os comportamentos que aprendem nas escolas.
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